quinta-feira, 15 de abril de 2010

Música "Pai eu sou punk" de Geração Suburbana

Papai me ensinou a gostar de Beatles
Tentou Roberto Carlos mais não conseguiu
Quebrou à minha fita dos Sex Pistols
E mais algumas fitas que ele ouviu
Mas eu não ligo ele é meu pai
Papai quer que eu seja homem direito
Quer que eu imponha respeito
Não queria ter filho roqueiro
Hoje ele tem um baderneiro
Mas que se foda o meu pai
Pai eu sou punk
Você tentou
Mas não conseguiu
Seus filhos são o futuro do Brasil

Como o movimento punk ainda esta presente na vida dos jovens de hoje.



O movimento punk ainda esta muito presente hoje em dia entre os jovens.Esse movimento foi uma ação contra os costumes e moda, contra todos aqueles que usavam os mesmos tipos de roupa, escutavam as mesmas músicas e viviam de um modo alienado. O movimento punk foi uma maneira de tentar colocar um fim no jeito em que os jovens viviam na época, ele tomou força muito rapido e se esplhou pelo mundo inteiro muito facilmente. Hoje em dia ainda vemos muitos jovens usando cabelos pintados, jaquetas de couro, jeans e camisas com desenhos de gangues. As letras das musicas Punk Rock são ou protestos diretos contra o sistesma ou falam de lutas pela sobrevivência.
Ser punk não é apenas raspar a metade da cabeça e defender o vandalismo, ser punk é acreditar e lutar naquilo que pensa, ser contra ao sistema cada vez mais e mais modista.
Tatuagens e piercings são cada vez mais comuns entre os jovens hoje em dia, e é mais uma coisa vinda dos punks.
Ser punk, é ter atitude.

Livro sobre o Movimento Punk

Título: A Filosofia do Punk - Mais do que Barulho
Autor: Craig O'Hara
Editora: Radical Livros
Número de páginas: 202 pp. (75 fotos PB)
Formato: 14 cm x 21 cm
Capa: Cartão Supremo (250 g/m2)
Miolo: pólen print (80 g/m2)
Tiragem: 2.000 exemplares
Lançamento: junho/2005

"No geral, este é um estudo aprofundado dos valores punks e de como o punk vê um mundo careta. É excelente para entender o punk, especialmente os mais altos ideais aos quais aspirou" (MaximumRocknRoll)

Trechos do livro:
"Para começar, vou dizer o que acho que o punk não é: ele não é uma moda, um certo estilo de se vestir; uma fase passageira de falsa rebeldia contra seus pais; a última moda irada ou mesmo uma forma específica de estilo ou música, de fato. É uma idéia que conduz e motiva sua vida. A comunidade punk que existe o faz para apoiar e concretizar essa idéia através da música, da arte, de fanzines e outras formas de expressão de criatividade pessoal. E o que é essa idéia? Pense por si mesmo, seja você mesmo, não aceite o que a sociedade lhe oferece, crie suas próprias regras, viva sua própria vida." "É verdade que os estilos tradicionais de vestimenta e da música punk rock são muitas vezes ofensivos e chocantes para o público comum, mas é um erro pensar no punk como um movimento guiado pelas aparências. Rebeldia negligente e temporária pode ser divertida, mas não é muito eficaz ou útil." "Os punks straight edge se parecem mais com astros atléticos do colegial do que com o estereótipo do punk tradicional. Muitos straight edgers rejeitaram o punk por causa de sua imagem negativa e agora têm sua própria subcultura dentro da contracultura do punk. O que começou como uma maneira de melhorar o punk e fugir à pressão de grupo se transformou em uma cena de hipocrisia e mentes fracas."

terça-feira, 13 de abril de 2010

Movimento Punk


O que foi o Movimento Punk?
Quando as músicas da época do movimento duravam de dez a quinze minutos tinham grandes solos de guitarra e bateria, surgiu uma música rápida e simples. Tocada por rapazes cansados de ouvir músicas hippies e então decidiram fazer suas próprias músicas, mesmo não sabendo tocar ao menos um acorde. Assim nasceu o punk rock em Nova Iorque entre 1974 e 1975, tendo como principal representante os Ramones.
De forma inevitável, o que acontecia no mundo chega ao Brasil, algum tempo depois, e com algumas características diferentes. Em 1976 alguns grupos de Brasília já ouviam os Ramones, mas a cena chegou em São Paulo, à partir de 1977. Na ditadura militar, os jovens adotaram um novo som protestante às suas realidades. Através de revistas que eram publicadas no Brasil com fotos dos Ramones e Sex Pistols, começam a imitar seu visual: jeans, camiseta branca, alfinetes nas roupas e no rosto, como forma de agressão à sociedade e ao sistema. Entre 1977 e 1980, os punks eram gangues de viviam nas ruas, que eram iguais no jeito de se vestirem. Nos anos 80, gangues de São Paulo começam a se reunir, mas existia mesmo assim a rivalidade com os punks do ABC. Em 1982, Clemente, vocalista da banda Inocentes, Redson, vocalista da banda Cólera e mais alguns punks de São Paulo decidem organizar um festival para unir os punks de São Paulo e do ABC. Um pouco desconfiados, os punks do ABC topam vir para São Paulo participar do festival, e assim, é organizado o “Começo do Fim do Mundo”, festival histórico realizado no Sesc Pompéia. O festival acaba em pancadaria e polícia versus punks, e fica registrado como um dos maiores festivais punk do Brasil. Em 2001 e 2002, a então prefeita de São Paulo Marta Suplicy organiza na Lapa outros dois fe stivais em comemoração aos 20 anos do “Começo…”: “A Um Passo Para o Fim do Mundo” e “O Fim do Mundo”, com muitas bandas que participaram em 1982. Apesar de o Movimento Punk se assemelhar em todos os países, cada qual ganhou aspectos particulares com o tempo. Quando chegou ao Brasil, o movimento era apolítico, mas foi em meados dos anos 80 que assumiu feições de movimento inclinado à esquerda e alguns punks passaram a colaborar com os anarquistas com rumo totalmente direcionado à militância política, com discussões e ações mais ativas, opondo-se à mídia tradicional, ao Estado, às instituições religiosas e grandes corporações capitalistas. Em 1988 alguns punks se uniram com grupos anarquistas, criando os Anarcopunks. Em geral, o movimento defende valores como o anti-machismo, anti-homofobia, anti-fascismo, liberdade individual, autodidatismo, entre outros.
Podemos dizer que os punks buscam uma revolução, uma quebra da hegemonia de idéias burguesas. Divulgam suas idéias através das músicas, de mídias alternativas, como os fanzines, e principalmente através do seu discurso. Em geral, evitam as televisões pra difundir suas idéias, por acreditarem que essas mídias sejam grandes manipuladores de mentiras à sociedade. Mas não é só violência a favor de seus ideais que existe no movimento. Mesmo alguns punks não pertencendo a nenhum grupo, as gangues ainda assombram o movimento. As brigas entre gangues, ou entre punks e skinheads ainda existem. As vezes, os casos mais graves acabam em morte e chegam a imprensa, sendo assim muito violento. E é entre muita música, debates, violência, política, visual, a anarquia, história, lutas etc é que os punks sobrevivem até hoje no Brasil.